Pactos Regionais PCI de Sorriso e Vale do Juruena trazem informação e inovação com participações especiais
Os Pactos Regionais PCI Vale do Juruena e de Sorriso receberam convidados especiais durante as reuniões realizadas em setembro, que compartilharam informações e experiências relevantes paras as respectivas regiões.
Agricultura digital é necessidade
Eduardo Godoi, produtor rural em Sapezal, Mato Grosso, foi o convidado para falar durante a reunião on-line do Pacto Regional PCI de Sorriso, realizada em 24 de setembro. Ele compartilhou seu conhecimento sobre tecnologias aplicadas ao campo, mostrando as ferramentas que utiliza no seu dia a dia para melhorar a interação com a equipe e a gestão da propriedade, mesmo à distância.
Godoi ressaltou que a adoção dessas ferramentas aumentou a eficiência produtiva na fazenda, otimizando recursos materiais e humanos, que resultaram em maior receita.
Ele destacou dois aprendizados principais neste processo de adesão à agricultura digital. O primeiro é a necessidade de compartilhar informações para melhorar os resultados. “Quando a gente abre as portas para adoção dessas tecnologias é preciso quebrar um paradigma que é muito difícil para os produtores, e eu me incluo nisso, que é compartilhamento de dados”, revelou. “Aos poucos a gente vai entendo essa necessidade e ficando menos incomodado”.
O segundo ponto fundamental, segundo Godoi, é o cuidado em preparar as equipes antes do início dessa transição, envolvendo-as em todo o processo. “Só é possível investir em inovação se isso é valorizado pelos envolvidos”, resumiu.
Veja o vídeo da apresentação, disponível aqui.
Manejo florestal sustentável: um serviço a favor da conservação
Valdinei Bento do Santos, diretor executivo do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), participou da reunião on-line do Pacto Regional PCI Vale do Juruena, realizada no dia 22 de setembro. Ele apresentou dados gerais sobre o setor de base florestal do estado, destacando o potencial para gerar riquezas ao mesmo tempo em que promove a conservação da floresta.
Santos informou que a área com Planos de Manejo Florestal Sustentável em Mato Grosso é de 3,7 milhões de hectares, podendo chegar até 6 milhões, em 2030, contribuindo para que o estado atinja a meta prevista na Estratégia Produzir, Conservar e Incluir.
Para dar a dimensão econômica, ele registrou que o setor movimentou mais de R$ 413 milhões de reais, resultado da comercialização de cerca de 492 mil metros cúbicos de madeira nativa serrada, laminada e beneficiada, entre janeiro e agosto deste ano. “Cinco municípios da região noroeste, incluindo Juruena e Cotriguaçu (que fazem parte do Pacto), representam 45% do total de produção e comercialização mato-grossense”, ressaltou Santos.
Ele também destacou a parceria estabelecida com a IDH que tem como um dos pilares apoiar a melhoria contínua do setor. “Esse é um trabalho que a gente está desenvolvendo com a IDH e PCI que também busca melhorar a reputação da madeira brasileira fora do país”, complementou.
Confira a apresentação completa no vídeo disponível aqui.
A IDH, em parceria com o CIPEM, vem investindo desde 2019 em um conjunto de ações para melhoria da reputação da madeira produzida de forma sustentável no Estado do Mato Grosso, junto ao mercado europeu. Os primeiros resultados foram publicados em junho de 2020 e vão alimentar a agenda de investimentos do Programa REM Mato Grosso para esse setor.